Caçapava intensifica campanha de vacinação contra sarampo e coqueluche após surto das doenças em países vizinhos

Caçapava intensifica campanha de vacinação contra sarampo e coqueluche após surto das doenças em países vizinhos

21/08/2023

 

A Prefeitura de Caçapava, por meio da Secretaria de Saúde, está intensificando a campanha para a vacinação de crianças contra a coqueluche e o sarampo, após alerta do Ministério da Saúde sobre surtos de sarampo no Chile e no Peru, e de coqueluche na Bolívia.

A cobertura vacinal para a coqueluche em Caçapava mostra índices preocupantes, com apenas 62,7% das crianças vacinadas com a Pentavalente, que protege contra a doença. Pior ainda é o índice da 2ª dose da Tríplice Viral, que atua contra o sarampo, apenas 49,3% das crianças na faixa etária indicada foram imunizadas até o momento. O ideal é que o município atinja 95% de cobertura vacinal para eliminar a circulação dos vírus e bactérias causadores das doenças e evitar surtos como nos países vizinhos.

Crianças a partir de 2 meses devem ser vacinadas com a Pentavalente e as doses complementares se repetem aos 4 e aos 6 meses. Também há dois reforços com a DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Já com relação ao sarampo, a vacina que atua contra a doença é a Tríplice Viral, que deve ser aplicada em duas doses, com intervalo mínimo de um mês entre elas, a partir de um ano de idade do bebê, podendo ser antecipada para seis meses, em caso de risco de surto.

É muito importante que os pais confiram a carteirinha e levem seus filhos menores para tomar as vacinas, que estarão disponíveis, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 15h30, nas seguintes unidades de saúde:

- ESF Jardim Rafael

- ESF Nova Caçapava

- ESF Caçapava Velha

- ESF Vila Paraíso

- ESF Piedade

- ESF Vila Menino Jesus

- UBS Centro de Saúde

 

Coqueluche

No último dia 31 de julho, a Bolívia emitiu um alerta de surto de coqueluche, fazendo com que o Ministério da Saúde brasileiro recomendasse a realização de ações de prevenção e de controle da doença, considerando a facilidade de deslocamento das pessoas, e a entrada dos chamados “casos importados” no país.

De 10 anos pra cá, 89% dos casos de coqueluche registrados em solo brasileiro foram em crianças menores de 6 meses de idade, grande causa de morbimortalidade infantil. Essas crianças não tinham completado o esquema vacinal, que tem como recomendação o mínimo de três doses da Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de idade, e dois reforços de DTP (que protege contra difteria, tétano e coqueluche) aos 15 meses e aos 4 anos de vida.

 

Sarampo

 Em 2018, teve início um surto de sarampo no território nacional que foi interrompido com vacinação em massa. Porém, o sucesso dessa ação é frágil devido ao declínio da cobertura vacinal, o que pode fazer com que a circulação do vírus retorne, provocando novos surtos.

Assim como ocorre com a coqueluche na Bolívia, países vizinhos relataram surgimento de

casos novos de sarampo: em maio, o Peru declarou emergência sanitária, e em agosto, o Chile informou um caso em Santiago, trazido por um imigrante armênio.

Para evitar esse registro no Brasil, a Vigilância Epidemiológica mais uma vez reforça a importância de os pais ou responsáveis levarem seus filhos para receber as vacinas, protegendo-os. A Tríplice Viral (SCR) previne contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, todas elas doenças de alta transmissibilidade.